Certa vez, nas aulas do Colégio Anchieta, um professor pediu aos seus alunos que
escrevessem um livro, plantando o gosto pela literatura. Os autores registram então
homenagem a todos aqueles que ensinam.
Nas palavras de Horace Walpole, no prefácio da 2ª. Edição de “O Castelo de Otranto”,
ainda que se considerem os autores não totalmente preparados para o intento, e disso
eximimos o brilhante professor de qualquer responsabilidade, se a nova trilha pavimenta
uma estrada para gente dotada de mais talento, deve-se “admitir com prazer e modéstia”,
que estavam cientes de que “o plano estava apto a receber maiores enfeites”, para além
do que a imaginação deles poderia conferir.
O professor é o semeador da mente. Sua tarefa independe da qualidade do solo onde
caem as sementes, pois aquelas que brotam trazem consigo a complexidade viva que não
se deixa dominar.
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